Sinto muito mas não me esperem

19.12.06

Destaque da semana - JAZZ


Antes de entrar definitivamente nas festividades furiosas do consumismo do Natal e depois de ter dado o habitual desfalque no cartão de crédito, convido-o a pensar em si.

Esta semana, especial destaque para Joana Machado (voz) com Filipe Melo (piano) e Afonso Pais (guitarra) que nos oferecem umas horas de boa música no OndaJazz, quinta-feira dia 21 pelas 23h. O trio presenteia-nos com 'Matita Pere', uma "homenagem a António Carlos Jobim - um dos mais importantes compositores do séc. XX - visitando parte do seu repertório mais erudito. Esta viagem mostrará algumas das mais perfeitas colaborações com os seus parceiros letristas, e servirá ainda para ilustrar brevemente a evolução da canção brasileira"*.

*in http://www.ondajazz.com/prog-dezembro.htm

15.12.06

'Porque só na ilusão da liberdade / A liberdade existe'*

*BATS, Joanie (13.12.06) "E já agora, um pedido de desculpas", in osdesumanos.blogspot.com. Obrigada pela inspiração.

Aborto ou não aborto? Heis a questão.
Despenalização ou não despenalização? Heis outra questão.

(Suponhamos que um menor necessita de um transplante imediato, passo decisivo se quiser viver. Como menor, não tem direito de escolha, os pais decidem, é-lhes oferecido o direito à escolha sobre a vida do filho, de 'um coração que bate'...)

Num tema polémico, começaremos pela parte em que todos acreditamos que as mulheres que escolhem o caminho do "não aborto" o fazem devido a penalização. Sim, porque para uma mulher que aborta, a maior das preocupações são anos de cadeia ou coimas...

Apoiaremos ainda que as mulheres devem continuar a sofrer devido a abortos clandestinos mal feitos, por pessoas que muitas vezes nem estão dentro do ramo. Deixemos que continuem a morrer, a entregar-se a curandeiros e visionários, médicos gananciosos e apressados, etc.
"Que deixem de matar!"... respondo: aposte-se na informação.

Mais fácil ainda: kit faça-você-mesma. Um kit caseiro à venda nas bombas da Repsol (oferta do kit faça-se-sócio-do-Benfica) contendo, por ex., uma agulha de tricô e um ben-u-ron (para as dores de cabeça pós operatórias) ou, talvez, uma roda dentada de inserção fácil e de efeito quase-imediato e um brufen 200.

23.11.06

Desafio aceite

Caros leitores

Serve o presente 'post' de enunciação do regulamento e de resposta ao desafio lançado pela cibernauta Desumana, titular do (por muitos) apreciado 'blog' residente no endereço
http://osdesumanos.blogspot.com.

"Cada bloguista participante tem de enunciar cinco manias suas, hábitos muito pessoais que os diferenciem do comum dos mortais. E além de dar ao público conhecimento dessas particularidades, tem de escolher cinco outros bloguistas para entrarem, igualmente, no jogo, não se esquecendo de deixar nos respectivos blogues aviso do "recrutamento". Ademais, cada participante deve reproduzir este "regulamento" no seu blogue."

Passadas as burocracias e antes de prosseguir com as auto-acusações, resta-me apenas dizer que, como para qualquer mortal, a tarefa de seleccionar 5 manias de entre uma vasta colecção não me foi muito fácil. A minha vontade seria até a de realizar um referendo... Mas o tempo é escasso e o caminho é em frente...

1. Antes de dormir, por mais cansado ou inconsciente que um cristão esteja, há sempre tempo para creme e baton.

Desde tenra idade que sou atormentada por um medo de acordar com as mãos transformadas em tesouras e a boca em espiga de milho. Para alguém que fala muito e precisa constantemente das mãos (não fazer interpretações erradas, por favor), a acima descrita é uma necessidade primária. O último suspiro antes de dormir será o da pessoa ou pessoas que assistem à tradição do creme nas mãos e do baton hidradante na boca, mesmo que isso implique, depois de uma noite de Lux, ter que rebolar, tropeçar ou cambalear.

2. Sem descontinuar o assunto do descanso, a mania das meias nos primeiros 5 minutos de cama terá que vir em segundo.

E citando a Desumana, "seja Inverno ou Verão" não consigo adormecer sem antes ter calçado meias de lã durante aproximadamente 5, 6 minutos. Significa isto que após este curto espaço de tempo as meias são atiradas para tão longe quanto possível, pois a sensação de ardor e de cozedura dos pés é insuportável!

3. Deixem o meu carro engatado e o travão de mão puxado não mais do que o mínimo possível.

Qualquer pessoa que já conduziu o meu carro terá conhecimento desta minha mania e é garantido que esta irrita a todos e mais alguns. Resumindo, sou amante de carros, um pouco em demasia (confesso), e puxarem o travão de mão do meu carro até a exaustão é o passaporte para me estragarem o dia! Ora, uma pessoa que comece a tomar calmantes para dormir cria uma dependência nesta droga e a dada altura adormecer naturalmente torna-se impossível... conseguem relacionar?

4. Comprar um livro implica abri-lo ao meio e ficar agradada com, pelo menos, 2 a 3 parágrafos do meio que li.

Esta é uma das manias da série "while in public". Regularmente poder-se-á encontrar o animal a solta na FNAC, em secções perfeitamente aleatórias sem qualquer interesse aparente para o mesmo, a abrir furiosa e aleatóriamente também todo o exemplar literário que se cruze no seu caminho. Se for possível a aproximação, aproveite-se, porque o animal por vezes na sua bolha lê em voz alta (a capacidade de concentração é demasiado baixa para arriscar não lo fazer).

5. Nada do que se encontra na 1ª fila de uma prateleira é opção de escolha.

Podem querer verificar que nos supermercados, por razões óbvias, os iogurtes com uma validade mais alargada estão sempre mais ao fundo da prateleira. Não sei se assumi isto para tudo o que pode ser materializado mas a verdade é que qualquer ida a um espaço comercial acaba por prolongar-se devido a esta obsessão compulsiva em trazer comigo sempre o segundo da fila, ou por outra, nunca o primeiro, incluindo quando se trata de lojas de roupa.

Passo o testemunho:

Andlé Quel Clepe
O meu mundo na esquina do Equador
Domus Quieta

31.10.06

A fuga dos cágados alpinistas II

Setembro é, sem dúvida alguma, o mês indicado para escolher passar uns dias de descanso na Ilha Dourada. Comprovadas as suspeitas, recomenda-se.





Ainda, a refeição típica indispensável... pelo menos uma vez por dia!

24.10.06

FRIENDS PARTY @ INDÚSTRIA PORTO



Finalmente outra edição desta mítica festa. Sábado dia 28 de Outubro, três bons motivos para não ficar no sofá: o warm up no Era uma vez no Porto... num ambiente de sonoridades Indie music e os Freshkitos e os Solidgrooves na cabine do Indústria Porto.

O convite para o Indústria Porto é obrigatório, mas se não têm o vosso, não há problema nenhum. Basta que passem no Era uma vez no Porto… a partir das 22.30 (‘perto do Trintaeum na Rua do Passeio Alegre, mesmo em frente à Foz do Douro’) para tomar um copo e ter acesso aos convites.

Se forem como eu em romaria em direcção ao Norte, optando por mudar de ares, garanto que não se vão arrepender. Fica lançado o desafio…

A fuga dos cágados alpinistas I

Conversava eu ontem com o meu chat-amigo Pedro Ramos, um pouco sobre a minha corrente 'relação-quase-internacional'. Dizia ele "que chatice andar sempre para cima e para baixo", mas friso que tem as suas vantagens.
Começando pelo Algarve, passando por Lisboa, Fátima, Coimbra, o Porto (querido Porto), Cabeceiras de Basto e as suas paisagens, o Porto Santo (pq a Madeira conquista-se a pouco e pouco) e, porque Portugal começa a ser pequeno para uma coisa tão espaçosa, Ayamonte e Barcelona fazem já parte do currículo. Entre fins-de-semana pequenos e grandes, fins-de-semana que se não são grandes passam a ser, mini-férias ou mais prolongadas, vamos conhecendo, à nossa maneira, um pouco da Península Ibérica... e o mundo inteiro a nossa espera.

O meu quarto parece o de uma cigana, malas por fazer e malas por desfazer constantemente, mas o Ser nómada é assim, está em constante movimento. Quem mais se queixa é a minha mãe (desculpa mãe!), mas sou rápida em referir que é tudo a favor do meu bem estar.
A conta bancária sofre um pouco com as contribuições para as acções da Galp, e com o pagamento das nossas auto-estradas ("que não são propriamente as melhores do mundo!"), mas quando se gosta há que estabelecer prioridades. O importante é manter a cabeça ocupada durante a semana com todos os planos e estratégias imprescendíveis a este negócio, amenizando assim a falta sentida no dia-a-dia. Concentração máxima na recompensa final, muitas vezes representada por coisas tão simples quanto um ninho em frente à lareira ou um jantar fantástico no sushi bar do Restaurante Terra com a melhor companhia de sempre.

Ao fim de largos meses, a monotonia é inexistente e a vontade é cada vez maior.

11.10.06

Porque vale sempre a pena voltar

Olá a todos. Em primeiro lugar quero pedir desculpa àqueles que tão carinhosamente têm seguido a minha entrada no mundo da escrita (pública) com passinhos de bebé, por esta minha ausência tão prolongada. O mero mortal precisa, anseia e sonha com o tão merecido tempo de folga. Tempo de descanso, descanso, descanso.. esta mera mortal anseava apenas por isto. Nada mais tenho a dizer em minha defesa.

Deixo a promessa (apesar de ser uma coisa sempre efémera, a “promessa”) de retomar o ritmo normal de partilha.

Recomeço, então, com um pequeno tributo/homenagem.. e perdoem-me aqueles que o pensarem como inadequado ou precoce.

(E... sorrindo..)

Aquela velha história de que toda a gente tem o seu lugar no mundo e de que a cada indivíduo cabe uma parte de importância, de que todos são especiais, de que todos nos marcam e fazem falta, de que ninguém é substituivel.

Discordo, NINGUÉM é insubstituivel...

Estranhamente este coração sim, era único e insubstituivel, repito: único e insubstituivel!

Para mim, com quem por breves momentos partilhou sorrisos e partículas de vida; para outros, a quem significou a própria existência; para outros ainda, a quem deu a mão e correu sempre lado-a-lado... um sorriso sem tamanho, um amor eterno.

Porque amigos, irmãos (não de sangue, mas de coração), familiares, conhecidos, choram... Eu prefiro sorrir e lembrar.

Porque era enorme, gigante, maior que a amizade, maior que a compreensão, maior que o riso, as gargalhadas, a simpatia, a loucura, a diversão, a tristeza, a companhia, a falta e a saudade, maior que o próprio mundo e maior que tudo o resto... Eu prefiro sorrir e lembrar.

Porque a memória nunca nos falhará e porque a alma, o espírito e o físico de muitos ficou tatuado.

Dorme bem.

5.9.06

Destaque do dia

DIESEL LANÇA COLECÇAO DE LINGERIE

"Depois dos jeans, dos casacos, e dos sapatos, a marca Diesel propõe uma nova colecção de roupa interior, fatos de banho e acessórios para homem e senhora. Para a desenvolver, a célebre marca italiana assinou um contrato com a empresa americana Mast Industries Inc, que produz as colecções de Victoria Secret, entre outras. A nova linha, Diesel Intime, será lançada com a colecção Verão 2007 e, segundo o criador da marca Renzo Rosso, será fiel ao estilo Diesel: original e única."

Para os amantes.

4.9.06

Viva a aceitação da diferença e a troca de cromos!!

Uma realidade com que me fui deparando, nas muitas viagens de transportes públicos que tenho vindo a arrecadar ao longo destes (quase) dois meses de estadia (proponho, por momentos, uma ovação à rede de transportes públicos de Barcelona) é a da abertura de mente desta gente.
Consideremos inicialmente este facto... uma coisa boa. Sim, sou a favor do progresso e da evolução da espécie, e sim sou também a favor da mistura, da igualdade e fraternidade, mas analisemos as coisas exactamente como elas são:

- Homossexuais (e refiro-me a homens e mulheres) passeiam-se pelas "calles" de mãos dadas e beijando-se alegremente, mostrando ao mundo que é possível viver feliz na diferença (ou, por outro prisma, na falta dela);

- Fumadores, apesar de proibidos já em muitos sítios de exercerem o seu vício, onde estão são aceites e tolerados desde que, obviamente, pratiquem o respeito pelos irmãos não fumadores;

- Cãezinhos e bichinhos variados vêem-se por toda a cidade com suas mamãs e, na sua grande maioria, portam-se bem onde quer que vão. São apreciados e têm lugar no metro, nos autocarros, em alguns restaurantes, etc. e demais;

- As mais variadas etnias, culturas e religiões também têm o seu papel nesta sociedade... refira-se que em Barcelona os Catalães muito provavelmente estarão em minoria;

- Deficientes e 'menos-válidos' beneficiam de infra-estruturas públicas fantásticas, programadas para recebe-los da melhor forma possível e fazendo com que não se sintam excluidos;

- Papás e mamãs caucasianos mostram a quem queira ver seus bebés adoptados trazidos de fora, sendo que predominam as crianças asiáticas e de origem africana.
Fantástico, dá-se a oportunidade a milhares de crianças que todos os dias vivem abandonadas em orfanatos de condições que deixam muito a desejar (permito-me corrigir-me, muito abaixo do que seria aceitável para um ser humano).

Acontece que numa cidade tão cosmopolita e competitiva, as mulheres não têm lugar no mundo do trabalho se não se puserem frente-a-frente no campo de batalha com os homens. Digam o que disserem, por altura de uma gravidez a principal prejudicada a nível profissional será a mulher, que terá de abdicar de progredir (em muitos casos) para nutrir e educar o fruto do seu ventre. Ora, deparadas com esta situação, a maioria decide deixar para mais tarde esta tarefa a elas adjudicada pelos homens. Quando finalmente atingem um patamar de estabilidade nas suas carreiras o corpo está ressentido pela idade, e o regresso a normalidade depois de conceber não é tão fácil quanto seria aos 20 anos de idade.
Eis que resolvem optar por outro caminho. O da adopção. Acreditem ou não, verifica-se o que relato. Instala-se, então, uma nova moda... E porque tudo em Barcelona está na moda, o último grito é ter um filho de outra cor ou feitio. Juntam-se em clubes (figurativamente falando), passeiam-se para mostrar, quase que os escolhem por catálogo e alguns começaram já a coleccioná-los. Existe coisa mais amorosa que uma bebé de olhos rasgados e cabelos pretos lisinhos, atados com um laço cor-de-rosa e ornamentada com as mais variadas peças de roupa de marca? Ou que um boneco escurinho de cabelo entrançado e pele dourada?

Sugiro as cadernetas.
Só espero que o encanto inicial não se quebre e que as pessoas estejam preparadas para apoiar eternamente uma criança que a partida sentir-se-á diferente porque os pais são diferentes de ela própria. Que os amem ao longo das suas vidas e que tomem este tipo de decisão porque é, de facto, uma causa nobre a de apoiar um ser humano que de outra forma não teria chance de vingar. Que a moda se mantenha por muitas estações...

Parte I

Raras vezes pensara que teria coragem para ter coragem. Para dizer 'adeus' ou 'até já' e viver, viver simplesmente, respirar.
Sair e deixar tudo o que me parecia confortável e familiar. Não me entendam mal, gosto de aventuras mas há aventuras em que antes não me atrevera pensar jamais. Pois um dia pensei, por uma motivação ou por outra, pensei. E o apoio dos que são especiais, é muitíssimo importante. Agora aqui estou e garanto que levo na mala tudo o que adquiri nesta experiência, sendo que esta mala de que vos falo não será mais que o meu coração e a minha memória, uma experiência para a vida.
Foi tudo muito rápido, em cima da hora e sob pressão... por vezes pensa-se em desistir. Resolvi respirar fundo, fechar os olhos e contar até 3. E, de repente, um medo aterrador, uma sensação que poucas vezes senti.

Dizem os mais modernos que na vida é necessário correr riscos, jogar pelo 'menos seguro'. No fim da história ficará uma cicatriz ou uma tatuagem ou, quem sabe ainda, uma de cada.

Porque 'o que não mata, engorda', hoje dedico "Parte I" aos que estão longe e aos que estarão dentro em breve.

3.9.06

Y de repente, un ángel

"Mi madre no me vendió cuando era ñino. No éramos pobres y, a diferencia de la madre de Mercedes, no necesitaba dinero.
Disponíamos de ciertas comodidades y privilegios gracias al dinero que ganaba mi padre en sus provechosos emprendimientos empresariales. Mi hermana y yo asistimos a los mejores colegios de la ciudad. En las vacaciones nos llevaban a los parques de diversiones de Orlando, a las montañas de Chile a esquiar, a las playas más exclusivas del Caribe.
Mi madre hizo con nosotros, sus hijos, lo que se suponía que debían hacer las señoras distinguidas de entonces: dejarnos al cuidado de unas mujeres humildes, las empleadas domésticas a su servicio, y no permitir que fuésemos un estorbo o una traba a su aspiración de vivir una vida sosegada, predecible, exenta de trajines y sobresaltos, digna de una señora de sociedad. "

Começo com uma partilha... uma das muitas companhias de cá.

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