Sinto muito mas não me esperem

23.3.09

A good recipe for life!


(perdoem-me o estrangeirismo)

17.3.09

Um sentido inesperado

Quando caiu a ficha, no fim da estrada, no fim da linha, separou-se-lhe a alma da vida e deixou de ser humano. Sem alma não podia sentir e sem vida não podia caminhar.
Olhou ao seu redor e nada lhe pareceu familiar, nem um traço, nem um sorriso, nem um olhar e girou o corpo. Para trás avistavam-se pegadas, provavelmente suas, que em linha recta se estendiam até ao horizonte, até onde a fraca condição em que estava não o permitia mais voltar.
Fechou e abriu os olhos, estava num lugar solarengo e seco, sem verdura, sem cheiros, sem pessoas. Sentiu-se só e, contrariando o sentimento, voltou a girar sobre o seu eixo e continuou em frente.

Passaram-se algumas luas e, quando os pés eram já descalços, cruzou-se com o narrador que escreveu a sua história. Contou-lhe como havia ficado sem vida e sem alma, num único instante, e como acordara sem nada que o fizesse lembrar-se de onde vinham as pegadas que marcavam o chão desidratado. Contou-lhe como tinha sede e fome de si, de voltar a existir, e de como sozinho esquecera a fala e aprendera linguagem gestual.
Enquanto reaprendia os sons, o narrador ouvia, escrevia… e cativava-se. Eram sons melodiosos, eram histórias sem par, era uma solidão intensa e tão profunda que se sentiu ser puxado e enterrado em tão grande erma.

Guardou a esferográfica, abriu o coração e deu ao desconhecido os seus sapatos, decidido a acompanhar descalço aquele destino.

14.3.09



(P.S.: Recomenda-se uma dose diária de gapingvoid!)

11.3.09

Baby loves music

9.3.09

Sábado e 2 dias mais

Nem sequer foi muito difícil saber quem ele era. Esperei 6 meses e uns dias à porta de sua casa. Nem sequer foi muito difícil.
Um dia pedi-lhe um cartão-de-visita. Noutro, pedi-lhe que me permitisse tocar-lhe as mãos e no que se seguiu quis tirar-lhe uma fotografia. A resposta foi sempre ‘não’ mas os meus olhos perceberam que ‘sim’.
Podiam chamar-me impaciente, mas eu esperei 6 meses e uns dias para o conseguir ver e nem sequer foi muito difícil saber quem ele era.

Conseguir encontrá-lo na vida real foi um trabalho árduo. Por vezes imagino que é fruto da minha imaginação.
Mas não, ele sabe o meu nome, sabe que gosto de preto, que os meus lábios são cor de rosa e até sabe a que soa a minha voz. E comunicamos. Fomos feitos para coexistir.

6.3.09

desaparecido a 10 de Janeiro desaparecimento deu origem a uma onda de solidariedade que não conseguem explicar desaparecimento crime extraordinário caso noite de lua cheia pessoa calma, bem-disposta sair à noite percurso Landeskriminalamt Berlim saíam dos bares espécie de buraco negro pontes Ostbahnhof cartazes com o rosto cidade mestrado concluído tese do rapto contrato de trabalho permanente estranhamente calmo 'Tchau' de que gostamos não tem pistas corpo Afonso Tiago fundo do rio Spree Afonso Tiago Afonso Tiago Afonso Tiago família

4.3.09

Sugestão cultural do mês

Já ouviu dizer?..

2.3.09

Ele não fuma, não sei se dança, olha e eu adoro..

Seguidores