Sinto muito mas não me esperem

26.2.07

Parte II - O Regresso

Raras vezes senti o que aqui sinto.

Nasci e voltei a viver, e a vossa presença é sempre o mais importante. Não que não viva diariamente a viva na sua imensidão interminável, na sua agitação constante até ao finalíssimo e derradeiro raio de luz. Não que não sorria pela existência, feliz sempre e cada vez mais. Não que não sinta na sua plenitude a brisa do mar do Guincho e o cheiro das sete colinas.

Mas simplesmente porque aqui me escondo e me volto a encontrar, aqui saio e retorno, aqui voo e plano no céu, por cima de todas as pessoas e de todas as coisas. Gosto do anonimato e do anonimato ainda maior.

Raras vezes senti o que aqui sinto.




(Espanha, Barcelona, Born)

16.2.07

Mentira do momento

'Só consigo estudar se tiver música no plano de fundo...'

15.2.07

Batalhas de um dia normal - esta é a selva da vida comum

Veres-te no meio da patagónia e para onde quer que olhes… pessoas loucas e deformadas. Uma tempestade que avisa um segundo Katrina, e os olhos doem, tal o estado de concentração transportado dentro de uma cabeça perfeitamente cansada e alucinada. Palavrões para todos os lados, arrependes-te de ter ficado a espera da tv shop para te levantares em direcção ao sagrado descanso. Derradeiramente… um apito (uma vez mais) e apercebes-te que tens 10km de insanidade mental para reabastecer, antes de (propositadamente) estoirar o ridículo ser que no meio do caos resolve ter um acidente! E preparas-te para vomitar os cds que nunca mais te deste ao trabalho de mudar.

Chegada ao destino tens ainda de enfrentar todos aqueles que, por motivos de solidariedade com pessoas entorpecidas com a exaustão que é viver o quotidiano, deveriam manter-se em segredo de justiça por tempo indeterminado.

Ao final da tarde é o 'vê se me aturas'.

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