Sinto muito mas não me esperem

5.9.06

Destaque do dia

DIESEL LANÇA COLECÇAO DE LINGERIE

"Depois dos jeans, dos casacos, e dos sapatos, a marca Diesel propõe uma nova colecção de roupa interior, fatos de banho e acessórios para homem e senhora. Para a desenvolver, a célebre marca italiana assinou um contrato com a empresa americana Mast Industries Inc, que produz as colecções de Victoria Secret, entre outras. A nova linha, Diesel Intime, será lançada com a colecção Verão 2007 e, segundo o criador da marca Renzo Rosso, será fiel ao estilo Diesel: original e única."

Para os amantes.

4.9.06

Viva a aceitação da diferença e a troca de cromos!!

Uma realidade com que me fui deparando, nas muitas viagens de transportes públicos que tenho vindo a arrecadar ao longo destes (quase) dois meses de estadia (proponho, por momentos, uma ovação à rede de transportes públicos de Barcelona) é a da abertura de mente desta gente.
Consideremos inicialmente este facto... uma coisa boa. Sim, sou a favor do progresso e da evolução da espécie, e sim sou também a favor da mistura, da igualdade e fraternidade, mas analisemos as coisas exactamente como elas são:

- Homossexuais (e refiro-me a homens e mulheres) passeiam-se pelas "calles" de mãos dadas e beijando-se alegremente, mostrando ao mundo que é possível viver feliz na diferença (ou, por outro prisma, na falta dela);

- Fumadores, apesar de proibidos já em muitos sítios de exercerem o seu vício, onde estão são aceites e tolerados desde que, obviamente, pratiquem o respeito pelos irmãos não fumadores;

- Cãezinhos e bichinhos variados vêem-se por toda a cidade com suas mamãs e, na sua grande maioria, portam-se bem onde quer que vão. São apreciados e têm lugar no metro, nos autocarros, em alguns restaurantes, etc. e demais;

- As mais variadas etnias, culturas e religiões também têm o seu papel nesta sociedade... refira-se que em Barcelona os Catalães muito provavelmente estarão em minoria;

- Deficientes e 'menos-válidos' beneficiam de infra-estruturas públicas fantásticas, programadas para recebe-los da melhor forma possível e fazendo com que não se sintam excluidos;

- Papás e mamãs caucasianos mostram a quem queira ver seus bebés adoptados trazidos de fora, sendo que predominam as crianças asiáticas e de origem africana.
Fantástico, dá-se a oportunidade a milhares de crianças que todos os dias vivem abandonadas em orfanatos de condições que deixam muito a desejar (permito-me corrigir-me, muito abaixo do que seria aceitável para um ser humano).

Acontece que numa cidade tão cosmopolita e competitiva, as mulheres não têm lugar no mundo do trabalho se não se puserem frente-a-frente no campo de batalha com os homens. Digam o que disserem, por altura de uma gravidez a principal prejudicada a nível profissional será a mulher, que terá de abdicar de progredir (em muitos casos) para nutrir e educar o fruto do seu ventre. Ora, deparadas com esta situação, a maioria decide deixar para mais tarde esta tarefa a elas adjudicada pelos homens. Quando finalmente atingem um patamar de estabilidade nas suas carreiras o corpo está ressentido pela idade, e o regresso a normalidade depois de conceber não é tão fácil quanto seria aos 20 anos de idade.
Eis que resolvem optar por outro caminho. O da adopção. Acreditem ou não, verifica-se o que relato. Instala-se, então, uma nova moda... E porque tudo em Barcelona está na moda, o último grito é ter um filho de outra cor ou feitio. Juntam-se em clubes (figurativamente falando), passeiam-se para mostrar, quase que os escolhem por catálogo e alguns começaram já a coleccioná-los. Existe coisa mais amorosa que uma bebé de olhos rasgados e cabelos pretos lisinhos, atados com um laço cor-de-rosa e ornamentada com as mais variadas peças de roupa de marca? Ou que um boneco escurinho de cabelo entrançado e pele dourada?

Sugiro as cadernetas.
Só espero que o encanto inicial não se quebre e que as pessoas estejam preparadas para apoiar eternamente uma criança que a partida sentir-se-á diferente porque os pais são diferentes de ela própria. Que os amem ao longo das suas vidas e que tomem este tipo de decisão porque é, de facto, uma causa nobre a de apoiar um ser humano que de outra forma não teria chance de vingar. Que a moda se mantenha por muitas estações...

Parte I

Raras vezes pensara que teria coragem para ter coragem. Para dizer 'adeus' ou 'até já' e viver, viver simplesmente, respirar.
Sair e deixar tudo o que me parecia confortável e familiar. Não me entendam mal, gosto de aventuras mas há aventuras em que antes não me atrevera pensar jamais. Pois um dia pensei, por uma motivação ou por outra, pensei. E o apoio dos que são especiais, é muitíssimo importante. Agora aqui estou e garanto que levo na mala tudo o que adquiri nesta experiência, sendo que esta mala de que vos falo não será mais que o meu coração e a minha memória, uma experiência para a vida.
Foi tudo muito rápido, em cima da hora e sob pressão... por vezes pensa-se em desistir. Resolvi respirar fundo, fechar os olhos e contar até 3. E, de repente, um medo aterrador, uma sensação que poucas vezes senti.

Dizem os mais modernos que na vida é necessário correr riscos, jogar pelo 'menos seguro'. No fim da história ficará uma cicatriz ou uma tatuagem ou, quem sabe ainda, uma de cada.

Porque 'o que não mata, engorda', hoje dedico "Parte I" aos que estão longe e aos que estarão dentro em breve.

3.9.06

Y de repente, un ángel

"Mi madre no me vendió cuando era ñino. No éramos pobres y, a diferencia de la madre de Mercedes, no necesitaba dinero.
Disponíamos de ciertas comodidades y privilegios gracias al dinero que ganaba mi padre en sus provechosos emprendimientos empresariales. Mi hermana y yo asistimos a los mejores colegios de la ciudad. En las vacaciones nos llevaban a los parques de diversiones de Orlando, a las montañas de Chile a esquiar, a las playas más exclusivas del Caribe.
Mi madre hizo con nosotros, sus hijos, lo que se suponía que debían hacer las señoras distinguidas de entonces: dejarnos al cuidado de unas mujeres humildes, las empleadas domésticas a su servicio, y no permitir que fuésemos un estorbo o una traba a su aspiración de vivir una vida sosegada, predecible, exenta de trajines y sobresaltos, digna de una señora de sociedad. "

Começo com uma partilha... uma das muitas companhias de cá.

Seguidores